Já havia flertado com essa idéia de ser adulta. E, muitas vezes, acreditava mesmo já ser, mas não era. Definitivamente!
E a gente não vira adulto assim, do dia pra noite. É uma construção, um descobrir-se, um inventar-se. E, pra mim, isso aconteceu pelo trabalho. Pela sensação real de que ali começava a se desenhar quem seria a Camila adulta.
E é quando me lembro daquele PSF, daquelas pessoas, do caminho da Marginal e da Assis Ribeiro, da falta de lugar para almoçar, do cansaço do fim do dia, da salada de mil coisas com kani e molho parmesão, de comprar a máquina de lavar sem saber mexer na trava, de tentar fazer comida e comer tudo duro e sem sabor, de silêncio toda noite na minha casa nova e sozinha... É quando me lembro de tudo isso que me remeto a como cresci e me tornei adulta.
E foi tão bom! Tem gente que insiste em não crescer. Não os culpo. Quando a gente é adolescente parece que se tornar adulto é algo como a morte. Mas não é. Ao menos pra mim, não foi. Foi mágico e saboroso.
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