Quem sou eu

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36 anos, curiosa e viajante. Nas horas vagas, também dona de casa, professora e enfermeira.

domingo, janeiro 25, 2009

Green eyes

I came here with a load
And it feels so much lighter
Now i've met you
And honey you should know
That i could never go on
Without you
Green eyes

Honey you are the sea
Upon which i float
And i came here to talk
I think you should know

The green eyes
You're the one that
I wanted to find

Mais uma do Coldplay pra traduzir meus pensamentos...

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Versos

Canto versos escolhidos,
Escrevo os sentidos,
Por hora como um sussurro,
Em outras como um grito.

Só porque é preciso dizer,
Que o amor não exige troca,
Não tem tamanho, nem medida,
E não se deixa por palavras.

Porque o encanto de outrora
Perdura em cada segundo,
Invertendo a ordem do tempo,
Contrastando todo com tudo.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Olhei para trás, vi meus passos na areia. Eles pareciam tão maiores que meus pés e o trajeto tão mais curto do que os músculos das minhas pernas denunciavam... Areia fofa, piso irregular, devia ser isso. Mas a vista do mar e o vento no rosto eram tão bons que estavam valendo a caminhada. Passei pelo riacho que desembocava discreto no mar e pelas conchas jogadas displicentemente, trazidas pelas ondas por não servirem mais para suas donas. Prestei atenção em cada som, em cada cor, no cheiro da maresia, tudo parecia preencher o momento. Mas a praia acabou num rochedo instransponível e eu não tinha outra opção a não ser voltar. Fui seguindo meus passos de volta, prestando atenção em cada um deles. Ao contrário do que sempre acontece, o retorno pareceu bem mais longo do que a ida. O prazer não era o mesmo e me lembrei que caminhava sozinha. O Sol já se escondia, como se avisasse o final daquele momento. Quando cheguei na trilha para o asfalto, me sentei na areia. Não queria ir embora, queria ficar ali e sentir novamente todas as sensações vividas até o rochedo. Me arrependi de não ter tentado andar entre as pedras para ver o que havia do outro lado e não conhecia muito bem o local para tentar achar outro caminho. Além disso, era quase noite e no escuro tudo fica mais difícil. Esperei pela Lua, tinha me esquecido que ela estava minguante. O momento realmente tinha acabado, mas eu simplesmente não conseguia levantar. Fiquei sentada, contemplando o mar negro como a noite, olhando as estrelas e tentando descobrir o que elas tinham a me dizer, só havia silêncio. Elas também não tinham mais nada a declarar.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

A estrada

A estrada fez uma curva, sempre fui contra elas. Pra quê dar voltas quando sabe onde se quer chegar e que o menor trecho entre os dois pontos é uma linha reta? Por isso gosto tanto da Imigrantes, dentre outros motivos que não interessam agora. Mas o fato é que a estrada fez uma curva, sem sinalização, nem nada. Se eu tivesse pernas boas pra andar, juro que teria seguido reto, abrindo picadas no mato e agüentando as picadas dos mosquitos. Até pensei, desci do carro por um instante, tentei ver o quanto conseguia me embrenhar mato à dentro, mas estava mais complicado do que eu pensava. Falta de prática, de força, de instrumentos adequados, sei lá. Voltei pro carro, conformada e comecei a curva. Uma atrás da outra, as danadas. E agora sem placas, pra eu não ter certeza do destino. Logo comigo, que adoro placa e sinalização e só dirijo de óculos pra prestar mais atenção nelas, decorando cidade por cidade que passei. Fiquei torcendo pra aquele monte de curva ser igual a Serra das Araras, que eu gosto tanto quanto a Imigrantes, e por tantos outros motivos que aqui também não interessam. Pra ser dessas serras que a gente pára pra tomar água de coco, observar a vista e, quem sabe, até registrar o momento numa foto. Mas que você sabe exatamente onde vai dar e é no mesmo lugar que a pretensa reta te levaria.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Andorinhas

Ando sem criatividade, mas a mente continua de macaco e a curiosidade maior do que nunca. As férias e o ócio nos ajudam bastante a prestar atenção nas coisas da vida e ver o mar é sempre uma inspiração. Notei coisas banais nesse verão, que agora está mais intenso do que antes (caloorrr!), mas bem interessantes (como tudo pra quem é curioso como eu).
No verão as pessoas parecem mais vivas, mais felizes, tiram fotos, dão sorrisos, conversam com desconhecidos, mostram o corpo, saem da toca.
E como é ano novo (tudo novo de novo), decidi fazer de 2009 um eterno verão. Já contei aqui que todo ano escolho uma música de "inauguração". Nesse ano, não escolhi.
Escolhi fazer verão, junto com as andorinhas...

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Receita de Ano Novo

por Drummond - parte extraída:
"Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre".

E para aproveitar a idéia genial do publicitário que fez a propaganda do Bradesco:
2000 INOVE.
"Inovar é uma trilha no meio do óbvio. É um colírio na vista cansada da mesmice".