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36 anos, curiosa e viajante. Nas horas vagas, também dona de casa, professora e enfermeira.

domingo, abril 26, 2009

Paraíso



Recentemente descobri que o Paraíso está na Terra e tem nome: Delfinópolis. Uma cidade maravilhosa, no meio da Serra Preta e a Serra da Canastra, onde as paisagens e as pessoas encantam.
A água gelada das cachoeiras, o verde infindável, as trilhas rumo ao céu, a visão das serras... Tudo revigora cada pedaço seu esquecido no dia-a-dia.
A comida da roça, a simplicidade das pessoas, o clima de união e de bem querer, a hospitalidade, a solidariedade... Tudo comove e faz você relembrar de como a vida pode ser simples e completa.
Quando voltei vi uma reportagem (que infelizmente não encontrei no you tube pra postar aqui) sobre uma tradição ainda mantida por lá: a Traição. As pessoas da roça se unem pra surpreender um dos amigos com um dia de multirão de trabalho na roça dele. Uma ação altruísta, recheada de carinho, que me arrancou lágrimas dos olhos. E que eu poderia tentar descrever em palavras, mas jamais conseguiria.
Que bom que existem lugares assim, onde as pessoas e a natureza preservada insistem em manter nossa crença no mundo maravilhoso que temos pra viver.

quarta-feira, abril 01, 2009

Eu rabisco o sol que a chuva apagou

E, como o clima, a vida anda tão surpreendente que nunca se sabe quando vai chover. Mas eu tenho cada vez mais tijolos de construção pra riscar o asfalto como fazíamos na infância. Gostosura...
E ando tão feliz, daquela felicidade de sorrir de orelha a orelha mesmo em dia cinzento que você vai trabalhar 15 horas (sim, hoje eu trabalhei 15 horas! Nem eu estou acreditando). Pensei no que tem me feito tão feliz, além das coisas óbvias. E descobri ou redescobri que são os pequenos detalhes e os grandes gestos.
Quando você aprende que perdoar as falhas alheias é o primeiro passo para também perdoar as suas, e que só assim será possível corrigi-las.
Quando você percebe que é muito mais pleno conquistando alguém todos os dias do que quando conquista vários ou acredita que não precisa mais conquistar quem está ao seu lado.
Quando você observa uma criança descobrindo o mundo através de seus sentidos e sente a centelha da vida e a beleza da continuidade.
Quando você é capaz de gargalhar com uma bobagem, de sorrir só porque está sol ou de sentir borboletas no estômago por um acontecimento próximo.
Quando você passa a esperar o melhor das pessoas e com isso começa a enxergar o lado bom que sempre supera o ruim em cada um.
Quando você entende o quanto qualquer trabalho é gratificante, o quanto você pode ajudar alguém com um gesto corriqueiro que muitas vezes você faz de forma automática.
Quando você enfim compreende que amadurecer é deixar a espontaneidade infantil, que nunca deixa de existir dentro de cada um de nós, tomar conta do seu dia e da sua vida.
E assim os tijolos vão aparecendo e o asfalto vai ficando colorido. E quando a chuva lava o chão você inesperadamente não fica triste, apenas enxerga ali mais uma página para sua criação.