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36 anos, curiosa e viajante. Nas horas vagas, também dona de casa, professora e enfermeira.

domingo, novembro 25, 2007

Mesmo elemento

Os quatro elementos e os humores: o homem está entregue a eles, dominado. Barthélemy l'Anglais.

Estávamos discutindo outro dia: O que é ser do mesmo elemento?
Minha curiosidade quase insaciável me fez procurar algumas explicações.
Na química encontrei: A partir da observação do comportamento dos átomos, aqueles grupos que possuíam um mesmo comportamento passaram a ser denominados como elemento químico.
Na astrologia encontrei: Os elementos – terra, água, ar e fogo – representam certos traços de personalidade que diferenciam tendências comportamentais.
Na filosofia encontrei: Os antigos gregos identificaram quatro elementos primordiais, que se contrastavam dois a dois: água e fogo, ar e terra. Cada um deles, entretanto, era dedução óbvia da combinação de duas qualidades distintas, espécie de essência por detrás da essência que, misturadas, geravam as manifestações elementares.
Cansei de procurar, decidi que a dúvida iria permanecer. Então, PLIM, um insight me assolou: se ser do mesmo elemento é de alguma forma se comportar da mesma maneira, um elemento não estranha o outro, certo?
Logo, ser do mesmo elemento que alguém é ter a mesma natureza. Sendo assim, naturalmente vocês se entendem e a energia flui sem obstáculos, pois está imersa em um mesmo elemento.
De qual elemento você é? O que é ser de um elemento? O que é um elemento?
Essas questões deixaram de ter relevância nesse momento. O que importa, como sempre imaginei, é a energia. E a física me socorreu da filosofia na qual estava perdida...
Se a energia flui, meu amigo, é o que importa.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Minhas meninas

Lembro das músicas cantadas, gritadas, da confusão do banheiro pré balada, das brigas por causa da louça, do banheiro, do barulho.
Lembro das aventuras, das viagens, dos planos, dos casos mal resolvidos, das conversas no quartinho, da ata bem guardada, das risadas espalhadas.
Lembro de cada minuto, cada lágrima, cada abraço, cada colo e cada silêncio que compartilhamos.
Lembro da certeza do amor e da eternidade. E não é que estávamos certas?

O meu amor e o Chico

Esse Chico e seus encantos... A cada dia colocando mais palavras na minha boca e na minha alma.

O MEU AMOR
Chico Buarque

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

quarta-feira, novembro 21, 2007

Catavento


E de pensar morreu o burro. Será?
Idéias ao vento, cabelos ao vento...
A biruta parou, o catavento também.
E agora?

Pensamento solto, assim sem rumo,
vai pra alma e fica lá.
Melhor ao vento, chega longe.
Será?

A alma, assim tão perto
e tão pouco explorada,
sente-se um pouco incomodada
com tamanha intromissão.

Mas o vento logo torna,
leva tudo pra longe.
O catavento enlouquece,
a biruta não sabe pra onde vai.
O pensamento é que fica biruta,
viaja pra qualquer lugar.

Deixa a alma pra mais tarde,
que ela é logo ali.
Tão próxima e tão distante,
volta pra sua quietude.
Será?

sexta-feira, novembro 16, 2007

Trilha sonora

Pra mim, a vida sempre teve trilha sonora.
Para melhor entendimento, é importante ressaltar que toda leonina é um pouco dramática e, sendo assim, minha trajetória é quase um filme e cada cena tem um som de fundo.
Renato Russo escreveu a trilha sonora de muita gente, ou pelo menos boa parte dela. Comigo não foi diferente. Nos momentos que minhas palavras não foram o suficiente, sempre encontrei uma frase que me completou.

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...
Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
Sempre a última chance

Encanto

Tudo em você encanta.
Seus olhos, seu sorriso,
seu toque, seu beijo.
Sua presença nos momentos mais precisos,
quando tudo parece estranho e vazio.

Essa sensação de conforto
que sinto ao seu lado,
como se nos conhecêssemos há anos,
desde sempre, desde que há.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Brighter Than Sunshine


O filme: A lot like love
A cena: New York, ele mirando com a máquina fotográfica, mas sem bater fotos.
Ela, inconformada com a economia de filme para a viagem dele, diz:
"Sua viagem já está acontecento, é agora".
A viagem: Não há o que ansiar, sua vida é agora. O momento mais sublime é aquele que você vive com toda a intensidade, que você pode sentir, perceber seu perfume, ouvir cada suspiro abafado, degustar cada sabor delicado e olhar com profundidade.
A ansiedade do que há por vir te impede de viver.
What a feeling in my soul
(...) It's brighter than sunshine

terça-feira, novembro 13, 2007

O que será?

Hoje, um pouco de Chico pra aquecer o coração e abrilhantar o blog:

"O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
O que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
O que nem é direito ninguém recusar
O que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita"

segunda-feira, novembro 12, 2007

Coragem

A palavra coragem deriva do latim cor, que significa coração. Tem como sinônimos firmeza de espírito, ânimo, perseverança. Tão natural quanto ter um coração, seria ter coragem de fazer aquilo que acredita e sente, sem receio de julgamentos alheios.

Porque, parafraseando Caetano, “cada um sabe a delícia e a dor de ser o que é...” e somente cada um sabe o que realmente é, sente e acredita. E se é a sua verdade, nunca unânime ou absoluta, porque não ser dita? Ou feita?

Falta coragem no mundo. Coragem para lutar pelos ideais, para se identificar com uma causa, para se expor e expor o que sente, para buscar a felicidade... E não tem que ser assim.

Quando uma pessoa abre mão do seu ânimo, da sua perseverança, ela abre mão de si mesma e adoece. Acredita que os sonhos e a vida acabaram e passa a viver no piloto automático.

Quando falta coragem no mundo, as pessoas passam a viver de mentiras e do medo. Medo de ser julgado, de se frustrar, de sonhar e de viver. E, depois, reclamam que o mundo está cada vez pior. Poderia estar melhor se cada um tivesse coragem de ser o que é.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Novo

Às vezes, acreditamos que não há mais caminhos diferentes a serem trilhados. As opções parecem ter acabado, as pessoas especiais encontradas, a personalidade completamente formada e as decisões tomadas. Até que nos deparamos com uma nova trilha, pronta pra ser desvendada.

O medo e a comodidade nos fazem hesitar, refletir sobre a falsa segurança do conhecido.

Mas há uma excitação irresistível no mistério, no desejo de descobrir opções nunca antes pensadas, de desfrutar da companhia de pessoas que se tornam cada vez mais especiais, de se reformular e se redescobrir e de escolher rumos diferentes.

Nesses momentos, o novo se impõe e muda nossas vidas. Não há mais como rejeitá-lo ou fingir não perceber sua existência. Ele já se instalou, nos desnorteando e nos inundando de uma surpreendente felicidade.