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36 anos, curiosa e viajante. Nas horas vagas, também dona de casa, professora e enfermeira.

domingo, dezembro 28, 2008

The Scientist

Adoro encontrar coisas que descrevem meus pensamentos com mais poesia do que costumo conseguir...
Segue Coldplay:

Come up to meet you,
Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you,
Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets,
And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, coming tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start

Pronta

Não sei se é a época do ano,
Não sei se é a proximidade das férias,
Não sei se é porque vou pro Rio, minha eterna paixão,
Não sei se é porque ontem foi um dia lindo,
Não sei se é porque não consigo tirar esse sorriso,
Não sei se é porque entendi coisas que antes não percebia,
Não sei se é porque sou uma apaixonada incurável,
Mas hoje sinto um frescor que há tempos não sentia.
Me sinto brand new e pronta como nunca estive.

Entre meus pensamentos do Bono

“Touch me, take me to that other place
Reach me, I know I'm not a hopeless case
What you don't have you don't need it now
What you don't know you can feel it somehow”

Este outro lugar pro qual só você sabe me levar,
Que faz a chuva cessar e o céu clarear,
Esse outro lugar onde podemos existir,
Tão plenos como sempre dentro de nós.
Quando estou por aqui, tudo é certeza.
Não quanto ao tempo ou os acontecimentos,
Mas sobre o que há, desde sempre.
Sobre o que não sabemos, mas sentimos.
Neste outro lugar, seus dedos se entrelaçam com os meus,
E andamos em direção ao sol.
Neste outro lugar, percebemos que não importa o local.
Em algum momento, estaremos andando fora daqui.
E nossos dedos continuarão entrelaçados,
Entre estalos e carinhos,
Nos guiando na direção certa,
Nos mantendo no nosso lugar.

“Take my hand
Take my whole life too
'Cause I can't help
Falling in love with you”

sábado, dezembro 27, 2008

Be there

You don't have to rescue me
You don't have to watch me drown
You don't have to give to me
All I want is you
Be there my love
Be there tonight
You don't have to be the best
You don't have to give me rest
All I want is all you have
Nothing else
Nothing
Be there my love
Just be there my love
If you want the whole of me
That's all you'll get
You don't have to - (Ah, she whispered, she said 'I need you now')
(Ah, she said 'don't worry, please me now')
You don't have to worry
If I fall apart
You don't have to wear strings
Or do those things
You're enough in my heart
You don't have to hide from yourself
You don't have to be someone else
All I want is all you have
All I want is you
Be there my love
Be there tonight
Yes, you all see

terça-feira, dezembro 23, 2008

Caixinha de fotos

Abriu sua caixinha de fotos e lembranças. Incrível como se lembrava de cada momento ali registrado. Pensava em como a memória é incompreensível, como nos esforçamos pra lembrar um número de telefone ou uma palavra que usamos quase diariamente e como é fácil recordar um momento bom, as cores, cheiros e sabores de cada instante feliz. Reviu cada foto com um misto de alegria e nostalgia e começou a recordar de outros tantos momentos não fotografados e não descritos. Do estalar de dedos em suas pernas enquanto dirigia ou parava no farol, das gargalhadas conjuntas por motivos que nem sequer lembrava, das caras felizes na beirada do copo de cerveja importada e da caipirinha com cachaça, das músicas cantadas em tom desafinado, dos beijos jogados ao vento, de como perdia sempre que jogava e da cara de contentamento do outro lado, do olhar na cama antes de dormir, do beijo de bom dia, infinidades... Pensou em como é estranha essa vida que nos leva a rumos tão inusitados, em como às vezes se sentia uma marionete do destino, sem o poder de decidir o próprio caminho. Fechou a caixinha com uma lágrima escorrendo pela face e molhando o sorriso da certeza: a memória é realmente incompreensível, mas também é uma dádiva. Aqueles momentos seriam sempre nítidos e atemporais para ela e sempre trariam de volta a felicidade que ela gostava tanto de sentir. Guardou a caixinha em seu lugar, não precisava mais dela.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Love and other disasters

Jacks: Stop living your life like you're in some kind of movie.
Peter: Excuse me?
Jacks: Stop trying to cast your love instead of just meeting him.
Peter: When I meet him, I'll know.
Jacks: I'm not so sure. Love isn't always a lightning bolt, you know? Maybe sometimes it's just a choice.
Peter: Well, that's easy for you to say! You're flying to
Argentina to meet the love of your life!
Jacks: That's just it. I don't know that Paolo's the love of my life, but I've decided to give him the chance to be. Maybe true love is a decision. You know, a decision to take a chance with somebody. To give to somebody. Without worrying wether they'll give anything back. Or if they're gonna hurt you, or if they really are the one. Maybe love isn't something that happens to you. Maybe it's something you have to choose.

sábado, dezembro 20, 2008

Sim, prometo sempre o impossível, pois não quero te dar algo que já conheças. E antes que me esqueças, escrevo pra dizer que esperes por mim...

Eu quero te dar o mundo, te mostrar outras formas de viver.
Quero te dar a fonte, o alimento no prato, a plenitude da vida que cabe num instante.
Quero te dar tudo o que encontrar, pra você perceber que existem outras coisas.
Quero te dar o mar e a lua nele refletida, só pra esclarecer a imensidão de tudo.
Quero me dar pra você, mais uma vez e sempre, pra que você consiga entender.
É só porque quero me doar pra você,
nada mais em troca, nada mais é preciso.

Emprestado o trecho em itálico do Moska.

Mesmice

Mesmo que você não saiba o quanto eu te amo
Mesmo que tudo que eu queira pra nós seja um grande engano
Mesmo que eu me arrependa ou faça o que você quiser
Ou mesmo que seja a mesma coisa que já é...
Mesmo que nada volte a ser o que era
Mesmo que a gente descubra que quase tudo já era
Mesmo que o fogo reacenda e o sexo fique animal
Mesmo que mude pra sempre depois fique igual
Nada vale a pena
Pra quem nem quer tentar
Tudo vale a pena
Mas, se você quer deixar tudo como está
Eu acho que...
Mesmo que a gente repita tudo que já foi feito
Mesmo que a gente conserte os mínimos defeitos
Mesmo que haja uma fenda para se atravessar
Mesmo que o grande final dê no mesmo lugar
Mesmo não tendo legenda embaixo do nosso beijo
Mesmo sabendo que nós já não somos os mesmos
Nada vale a pena
Pra quem nem quer tentar
Tudo vale a pena
Mas, se você quer deixar tudo como está
Eu acho que...

Composição: Paulinho Moska

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Cafuné

Em dias assim, de chuva lá fora e tanta tempestade acontecendo na vida, fico com vontade apenas de ter um colo pra deitar e um cafuné pra me abrandar. Só pra me sentir protegida, abrigada. Pra ficar quietinha, sentindo que tudo vai melhorar e que amanhã o sol nasce com certeza mais brilhante. Aquele tipo de coisa que só um cafuné pode fazer por alguém...

terça-feira, dezembro 16, 2008

Porta

Entrou pela porta da frente, de mansinho e com jeito. Mas eu não parava de me perguntar como é que ele tinha a chave. Foi vistoriando cada cômodo, ocupando cada espaço e modificando a disposição dos móveis, acrescentando novas coisas. Curiosamente, eu não me sentia incomodada. Mas não parava de me perguntar por que eu estava achando tão natural. Quase sem querer foi abrindo gavetas que eu nem me recordava de ter, até me achar completamente despida de roupas e máscaras. E, naquele momento, eu não conseguia mais me perguntar nada. Então, saiu pela porta da frente, deixando-a entreaberta. Todas as perguntas desmoronaram sobre mim sem lógica ou nexo. Não consegui responder nenhuma e não consegui mais achar a chave. A porta ficou entreaberta, a mobília permaneceu como ele deixou e, estranhamente, eu continuei a achar que tudo estava no lugar onde deveria estar. O vento às vezes escancara a porta destrancada, às vezes bate ela com tanta força que eu acho que nunca mais abrirá. Mas ela permanece entreaberta como que esperando pelo dono da chave.

Das coisas que cantei pra você...

Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci suas cores belas quando eu te vi.
Entre as coisas bem-vindas que já recebi, eu reconheci minhas cores nela e então eu me vi.
E as coisas lindas são mais lindas, quando você está, onde você está.
Hoje você está nas coisas tão mais lindas.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Vontade

Assunto que tem me tomado bastante tempo nas constantes (ou inconstantes?) reflexões diárias é o conceito de vontade e o que ela de fato representa pra mim, pros outros, enfim...

Na procura por fundamentos que me guiassem, encontrei um artigo bastante interessante que relaciona as visões de Schopenhauer e Nietzsche a respeito do tema. Já deixo aqui o link pra quem quiser fazer uma pequena digressão ou aprofundar o tema após as considerações que se seguem.

http://www.bocc.ubi.pt/pag/montardo-sandra-schopenhauer-nietzsche.pdf

Primeiro vamos a Schopenhauer. E nesse momento é importante que eu ressalte que, até agora, o pouco que sei sobre esse tal filósofo me incomoda profundamente, no que tange ao seu pessimismo insistente. No entanto, resolvi me despir de todo e qualquer pré-conceito e mergulhar em algumas das suas observações.

Schopenhauer coloca que a vontade é livre, autônoma e onipresente (...). Tudo o mais não existe sem que exista a vontade.

Schopenhauer coloca que viver é sofrer, pois a vontade é infinita e jamais saciada, ao que se acrescenta que a base de todo querer é uma falta, uma indigência. Desse modo, o homem sendo a mais perfeita objetivação da vontade, é também o mais necessitante, sendo que sua vida oscila entre a dor e o fastio.

Schopenhauer afirma que cada um dispõe do sofrimento que se faz necessário para a sua própria vida. Porém, a dose de sofrimento solicitada por um homem parece ser diretamente proporcional à sua incapacidade de reconhecê-la, reportando-o para inexistências presas ao passado e ao futuro. Nesses casos, este homem não consegue nem admitir o que o faz viver, tampouco consegue enxergar no presente oportunidade para desviar-se dessa condição. Afinal, não se aprende a querer.

Schopenhauer também fala que o mundo é a representação da vontade, espelho desta, na medida que é onde o homem pode reconhecê-la. E isto porque a vontade como essência, como coisa em si, é insconsciente em si mesma, necessitando da ação do homem para tornar-se consciente. Vale dizer que este, por sua vez, só tomará consciência da própria vontade a partir da concretização desta em atos. Ou seja, seu caráter empírico informará ao seu caráter inteligível a sua vontade após a sua concretização. Eis o mundo como representação.

Agora vamos a Nietzsche e, também aqui quero ressaltar um pequeno detalhe. Sua obra ainda é pra mim quase indecifrável. Talvez porque, quando eu comecei de fato a me interessar por filosofia, já tenha entrado “com o pé na porta” e iniciado a leitura de Além do bem e do mal, que continua me aguardando na minha estante após várias tentativas de absorver o que ali estava escrito. Mas, como sou persistente, resolvi também me entreter com suas observações a respeito da vontade.

“Só onde há vida há vontade; não vontade de vida, mas como eu predico, vontade de domínio. Há muitas coisas que o vivente aprecia mais do que a vida; mas nas próximas apreciações fala a ‘vontade de domínio’ ”.

A vontade toma por base a falta que deve ser suprida, para que haja espaço a uma nova forma de supri-la, já que a vontade é insaciável. Quanto a isso, Nietzsche fala que somente quando o homem enfastiasse-se de sua sublimidade principiaria a sua beleza.

Nietzsche propõe que cada homem deve exigir mais do que a ninguém de si mesmo a beleza, de modo que essa bondade seria a última vitória de cada um sobre si mesmo. Nota-se, no entanto, que Nietzsche diferencia esta bondade da dos que se consideram bons por servirem aos outros ao invés de servirem a si mesmos, sem darem-se conta, ao menos, de que estão satisfazendo a própria vontade de serem rebanhos ou vassalos do que quer que seja. Quanto a estes, este pensador expõe que eles colocam a sua vida no rio do porvir, acreditando em algo longe e exterior a si próprios, submetendo-se a deuses e ao futuro de maneira passiva, onde a única vontade que se manifesta é a de se realizar pela projeção em algo externo e independentes de sua existência, ainda que quem pinta os contornos dessa inconsistência brumosa seja cada um deles.

Agora, algumas considerações minhas e aqui, mais do que nunca, é relevante destacar que ainda terei que reler o artigo e as obras no qual foi baseado muitas vezes pra conseguir de fato compreender tudo o que foi escrito. Vou ousar concluir por hora com:

- Se tudo que é vivo tem vontade e se a vontade é autônoma e onipresente, não há como viver sem ela.

- Se a vontade é infinita e insaciável, por mais que você descubra formas de saciá-la parcialmente, continuará buscando e precisando de mais.

- Se você e o mundo são representações da vontade, concordo com Nietzche: tome as rédeas da situação – seja fiel a sua vontade e não a coloque na mão do que eu chamaria de acaso.

- E, por mais que a vontade seja inconsciente, procure reconhecê-la, a despeito do fatalismo de Schopenhauer ou da recriminação de Nietzsche a algumas manifestações dela. Por mais que ela seja insaciável, momentâneos prazeres acontecerão quando você saciá-la, ainda que parcialmente e, se o que existe é apenas o presente, eles hão de ser bem vindos.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

O que você faria?

O que você faria se só te restasse esse dia? Talvez, ao encontrar uma resposta (e como é difícil encontrar apenas uma!) você descubra o que realmente te move, a fonte da sua vontade.

Não vou colocar aqui o que eu faria e o motivo pra isso é muito simples (apesar de paradoxal, visto que tenho um blog): descobri que exposição gratuita nem sempre é benéfica, portanto é necessário utilizá-la com moderação.

De qualquer forma, o exercício é divertidíssimo e muito esclarecedor, portanto resolvi dividi-lo com quem quer que seja que leia esse blog e queira tentar. E pra se inspirar um pouco, vão as perguntas (ou resposta?) do Paulinho Moska, meu mais novo convidado no local:

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse um dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Ia manter sua agenda
de almoço hora apatia
Ou ia esperar os seus amigos
Na sua sala vazia

Corria pra um shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não da tempo
Pro tempo que já se perdia

Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha

Abria a porta do Hospício
Trancava da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria