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36 anos, curiosa e viajante. Nas horas vagas, também dona de casa, professora e enfermeira.

terça-feira, abril 29, 2008

Cansada de besar sapos

"Você veio me procurar? Isto me basta."

Atenção para a trilha sonora do filme... linda. Em especial SOLO PARA TI.

Cena final:
http://br.youtube.com/watch?v=o4v1Wsb5rRM

terça-feira, abril 22, 2008

Uma mente brilhante

Revi o filme Uma Mente Brilhante. Me lembrava de como fiquei emocionada e de como este filme me marcou, mas hoje ele me tocou de uma forma nova. Perceber do que somos capazes, de como o ser humano é capaz de superar qualquer adversidade, de como podemos sim controlar e escolher o que fazer das nossas vidas... O exemplo de John Nash é inigualável nesse sentido. Como alguém que tem esquizofrenia pode se treinar a perceber o que é real e o que são delírios? Se uma mente é brilhante a este ponto, não há limites para nossas capacidades.
E me tocou ainda mais o fator motivacional maior da vida dele: o amor. A confiança da sua mulher em ficar ao lado dele, em apoiar sua decisão de controlar a doença, de não se entorpecer e lutar por uma lucidez que parecia tão inalcançável. O amor é acima de tudo confiança, entregar-se a alguém por sentir-se seguro do que o outro é. No fundo dos olhos delirantes de Nash ela sabia que existia o homem por quem havia se apaixonado, alguém capaz de solucionar qualquer problema, ainda que esse problema estivesse dentro da mente dele.

"Eu sempre acreditei nos números, nas equações e lógicas que levam a razão. Mas, após uma vida de tais buscas, eu pergunto: o que é verdadeiramente lógico? Quem decide a razão? Minha procura me levou através do físico, do metafísico, do ilusório e de volta. E fiz a descoberta mais importante da minha carreira, a descoberta mais importante da minha vida. É somente nas misteriosas equações do amor que qualquer razão lógica pode ser encontrada. Só estou aqui esta noite por sua causa. Você é a razão de eu existir. Você é todas as minhas razões. Obrigado."

http://br.youtube.com/watch?v=25HxTNwr-Vc

sexta-feira, abril 18, 2008

Pessimismo

Às vezes observo o mundo e vejo o pessimismo persistente.
Vejo aqueles que reclamam pelas coisas que se vão, mas são incapazes de notar as que chegam.
Vejo aqueles que se revoltam por tudo que está errado, mas que não se preocupam em fazer o que acham certo.
Vejo aqueles que acreditam piamente que tudo vai de mal a pior, porque se recusam a observar as coisas boas que acontecem.
Vejo aqueles que desistem de sorrir e chorar, porque são inábeis em demonstrar seus sentimentos.
Vejo que o pessimismo é a defesa dos fracos, daqueles que não têm coragem de lutar pelo que é o melhor para eles.
Triste vida deve ser a dessas pessoas... Quando se torna impossível encontrar a felicidade presente e gritante dos pequenos detalhes.

Sete cidades

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu
Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu
Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe

Do eterno Renato, compondo a trilha sonora...

quarta-feira, abril 09, 2008

Pára o mundo que eu quero descer

O que aconteceu conosco?
Em que momento tudo se tornou banal?
Quando a compaixão deixou de fazer parte da humanidade?
Como tantos outros estou horrorizada. Criança torturada com a desculpa de estar sendo "educada", criança estrangulada e supostamente arremessada de uma janela, tudo em menos de 30 dias... E estou mais perplexa ainda por só nos sentirmos horrorizados quando coisas inacreditáveis acontecem, por não prestarmos mais atenção nas milhares de pessoas jogadas nas ruas, nas crianças fumando craque no centro, na fome, na violência gratuita de cada esquina, no nosso próprio descaso.
Me assusta perceber que esses casos logo serão esquecidos e "trocados" por outros, como o menino que foi arrastado pelo asfalto no carro de bandidos em fuga, pelo casal de adolescentes assassinado em Embu, com a garota sendo abusada por sei lá quantos dias, e tantos outros que insisto em esquecer pra manter a sanidade.
Me sinto conivente, omissa, impotente. Uma tralha qualquer envolvida com os assuntos relacionados ao próprio umbigo. E dói. Dói de uma maneira absurda perceber o mundo em que vivemos e que, de alguma forma, diariamente ajudamos a construir.
O que fazer nessas horas?
Acho tão inútil uma série de homenagens, a mídia tratando tragédia como espetáculo, o assunto do elevador ser a morte de uma criança como quem comenta meteorologia. Dizer "Esse caso da menina que morreu está muito mal contado, né?" como quem diz "Acho que hoje vai chover?" só pra ser simpático e puxar assunto. E não é uma crítica aos outros, eu também participo assistindo o "espetáculo", aceitando o assunto proposto...
Vejo as ONGs e associações de familiares que sofreram com essa falta de humanidade, tentando a ajuda mútua, compartilhando a dor, pregando a paz. Será esse o caminho? Isso resolve? Sinceramente, não sei. Tenho 29 anos e desde que me conheço por gente convivo com barbáries, cada vez mais freqüentes e menos relevantes para todos, que se acostumaram, assim como eu, a assistir tudo como um espectador. A se comover com as tragédias e com a "ação" dessas ONGs, como quem vê um filme, chora, enxuga as lágrimas, assoa o nariz e vai pro barzinho.
O que fazer? Se alguém tiver alguma sugestão eu aceito de bom grado, porque do jeito que vai, só tem uma saída: "Pára o mundo que eu quero descer!".

segunda-feira, abril 07, 2008

As limitações da arte

É uma pena que eu não saiba desenhar. Mas podia jurar que, se soubesse, faria um retrato seu que o reproduziria quase que com perfeição.
Já decorei o formato da sua boca, difícil seria pintar o sabor dela. Já decorei a cor e o brilho dos seus olhos, mas seria bastante complexo pintar o que se vê no fundo deles. Decorei o formato do seu rosto, com o queixo perfeito e o nariz desenhado, mas não saberia nem por onde começar a reproduzir a paz que ele me traz. Tentaria desenhar o sorriso, mas seria impossível representar tudo que ele irradia.
A verdade é que, se eu soubesse desenhar, faria um retrato fiel a suas formas, mas que não chegaria nem perto da realidade. Seu sabor, seu cheiro, seu calor, sua energia... isso tudo fica gravado apenas na memória. A arte realmente tem suas limitações.

domingo, abril 06, 2008

Conselho de um velho apaixonado

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos...
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles...
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água...
Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração...
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras...
Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Preste atenção!
Muitas pessoas apaixonam-se várias vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais. Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o AMOR!"
Adaptado de Carlos Drummond de Andrade